quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Texto de merda

Uma das muitas coisas incômodas relacionadas ao ato de defecar em banheiro público é a necessidade de forrar a privada, de forma a não encostar meu asseado glúteo e minhas coxas de ouro em milhões de microorganismos.

A situação mais comum relacionada a esse problema é a ausência de papel higiênico, que demanda uma certa ginástica para manter a limpeza. Nesse ponto, têm vantagem todos aqueles que possuem um quê de nerd e conhecem as diversas posições e artimanhas que spiderman costuma usar ao escalar prédios. Na cabine, a escala é menor, mas o princípio é o mesmo. Lembre-se apenas que, quanto maior a queda, mais longe alcançam os respingos. Isso sem falar no problema final, que é a limpeza da região evacuadora, mas este ponto não é objeto desta análise. Concentremo-nos no procedimento de forrar o assento.

Quando o papel higiênico está presente, consegue-se criar o escudo de protetor de bunda, mas isso não o livra de situações constrangedoras. Duas delas já aconteceram com este que vos escreve.

Em primeiro lugar, nunca, jamais vista suas calças novamente sem olhar para baixo. Você pode ter derrubado algum dos seus pedaços de papel que tão fraternamente cumpriram a função de forrar o assento para depois te dar uma rasteira. Ao abrir a porta de volta para o mundo real, pode deparar-se com risinhos, deboches, até dar-se conta que você é dono de um belo rabo de papel higiênico preso à calça.

Se você seguir o conselho acima e resolver olhar para baixo, dando conta que derrubou alguns dos pedaços do forro, cuidado ao abaixar para apanhá-los. Você pode derrubar na água turva o telefone celular que havia deixado no bolso da camisa.

Portanto, companheiro, agradeça ao santo protetor das bostas e peidos se o banheiro público possuir um protetor de assento sanitário. O Melcover (acho que é da Melhoramentos) costuma tornar o processo evacuante mais tranquilo. Para quem usar esse daí, repare que o orifício do papel tem a forma de um coração, talvez uma tentativa ergonômica de adaptar-se à forma da bunda. Ou ainda um recado para todos nós: ame esta merda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário