segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Japa boy

Chato é ir ao japonês com um cara que "hoje não está com muita fome".
Já chega atraindo a atenção do paraíba-nakamura ao falar que, apesar de estar na mesa de dez trogloditas de rodízio completo, vai pedir à la carte. Pronto, acabou de contratar - involuntariamente - uma babá pela módica quantia de 10%. Senhor, você acabou de desbalancear a logística de atendimento garçonífero ao dedicar um recurso full-time para inspecionar o babaca.
E ai dele se pescar um sashimi de atum, ou mesmo cheirar uma carreirinha de wasabi, alerta o gerente cearense-san.

E fode com o pedido de todo mundo. Pessoal marcou 10 temakis de salmão, mas alguém ficou sem abocanhar o cone no esvaziar do shoyu. É porque o temaki à la carte chegou antes do último temaki rodízio.

Começam então a chegar os barcos, com o capitão Salmão Skin a estibordo, e o marujo Joe Olho-de-Ova içando a âncora. Essas são descrições típicas da comida feitas pelo amigo carteado, que assume o papel de excelentíssimo crítico do sushi alheio. É praticamente patológico: bundamole não dá o braço a torcer que está salivando, mas entra de sola no apetite dos outros primatas.

O garçom acaba cedendo e deixa que ele divida os rolinhos de banana com canela sem custo adicional. Pronto, conseguiu o que queria. Babai fica orgulhoso do filhinha Isaac negociando na sushi.

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